sábado, 14 de novembro de 2009

Tommy Flanagan - Giant Steps - 1982



Uma vez tava na Fnac em SP na seção de CDs procurando não sei o que e não conseguia me concentrar naqueles milhões de álbuns porque meus ouvidos só ouviam um cara endoidando no piano num show que tava passando em uma das tvs com um puta som! Aquele piano que não parava 1 minuto sequer, ou quando parava era pra entrar o baixo ou a batera destruindo, tinha um senhor sentado nele, magrinho, com cara de "vovô legal" e eu simplesmente passei os próximos 45 minutos em pé em frente daquela tv assistindo aquele trio, totalmente hipnotizado pelo jazz roots que eles estavam fazendo. Comprei este CD de TF que não só era tocado por este maravilhoso pianista de jazz, George Mraz no baixo acústico e Al Foster na bateria, mas era também dedicado a memória de John Coltrane pois este tinha lançado, em 1960, um álbum com o mesmo nome e tinha no piano Tommy Flanagan e Coltrane é sempre altamente recomendável para amantes do jazz de raiz.
Executado rigorosamente , todas as faixas são de composição de J. Coltrane em sua melhor fase!
O swing das músicas é inacreditável. As faixas mais calmas parecem uma transa gostosa, e as mais rápidas uma corrida de dragsters! È ducaralho, sem por nem tirar!
Passou boa parte de sua carreira tocando pra ninguém menos que Ella Fitzgerald o que fez com que retardasse (imaginem só!) seu sucesso pois era apenas uma sombra da linda voz de Ella que "Quando cantava, ninguém olhava nem percebia nenhum outro músico no palco", segundo o próprio TF. Veio a surgir definitivamente na cena jazz após 1978, quando deixou E.Fitzgerald para ser lider de sua própria banda. Seu sucesso foi imediato e se estabeleceu com um grande e inesquecível músico moderno de jazz, altamente criativo em suas composições e muito disciplinado nas execuções.
Morreu em 1991 em NY deixando um legado de 18 álbuns como líder e compositor e mais uns 45 álbuns como pianista solo.
Esse merece um Black sem gelo e meio luz, acompanhado ou sozinho! Excelente!
Com sérios problemas cardiacos, falecem em 1971
Manda ver Fernandinho!
LLRR e Jazz
  

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

STEVE HOWE - Natural Timbre - 2001




É pessoal, já deu pra perceber o quanto os colaboradores deste blog gostam do YES e dos músicos que fizeram parte da banda! Steve Howe é uma das minhas grandes influências e eu costumo ouvir tudo o que posso dele...Natural Timbre é um disco acústico, mas não esperem encontrar algo parecido com Mood For a Day ou The Clap onde ele toca em um único violão, nesse trabalho maravilhoso ele cria várias "camadas" de cordas (feitas por Overdubs) na maioria da canções, numa atmosfera de contemplação e serenidade, só pra se ter idéia ele toca banjo, baixo, dobro, violão de 06 e 12 cordas, bandolim, harpa, percurssão, guitarra havaiana (versatilidade faz parte do seu talento). Ainda fazem parte da banda Andrew Jackman no piano, Anna Palm no violino e seu filho Dylan Howe na bateria.
Não vou comentar as faixas, só posso dizer que é um álbum que toca o coração e a alma pela  intensidade e delicadeza das músicas.
 Esse trabalho mostra onde a música instrumental, feita especialmente com cordas pode chegar, ampliando as fronteiras do que eu já tinha ouvido e imaginado, me inspirou muito, espero que inspire aos interessados tbem, grande abraço!!!


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Bill Bruford - The Bruford Tapes - 1979



Pra quem não conhece este ser, foi um dos dois principais bateristas do Yes (Yes 68, Time and a Word 70, The Yes Album 71, Fragile 72, Close to the Edge 72, Yessongs 73(ao vivo) e Union em 1991) sendo substituido a altura por Alan White. Saiu precocemente do Yes em 1972, infelizmente. Já deixou sua marca no Gênesis em 1976 gravando dois álbuns ao vivo, depois, entre 1972 a  1997 foi baterista do King Crimson, já postado aqui no M2112!
Este exxxxxxcelente álbum gravado ao vivo numa rádio em NY, trás músicas compostas por Bruford de dois álbuns anteriores. A presença do teclado é marcante, assim como em qualquer álbum progressivo,  a guitarra também é muito boa mas é quase secundária em função do baixo destruidor e a  batera que "fala" o tempo todo! Pataquepareu!
O line-up é: a lenda do Canterbury Dave Stuart nos teclados, Jeff Berlin no baixo com uma pegada a la Chris Squire e o desconhecido John Clark na guitarra, que era o guitarra substituto de Alan Holdsworth.
A batera é indiscutível e se ele já era bom no Yes, imaginem numa banda que ele faz o que quer! O dominio do bumbo já é conhecido mas preste atenção nas notas na caixa! Nível avançadíssimo de independência! Atualmente sua especialidade tem sido somente o jazz e deixou o progressivo de lado!
Lembre-se que esta é uma gravação de rádio, portanto não é perfeita, mas perfeitamente audível, inclusive as partes graves que são fundamentais juntando baixo e bumbo!
Técnica e energia pura!
Breja e som alto com uma entortadinha no grave! Malas pra viagem e PLAY!
Boa viagem!
P.S.: Boi, se você nos visitar, não deixe de baixar este! "Audio" aula com ênfase a precisão do fela!
LLRR

domingo, 8 de novembro de 2009

Brian May with Cozy Powell - 1993



Eterno Queen, Brian May é um eximio guitarrista que com sua guitarra chamada "Red Special" que foi feita por ele e por seu pai quando ele tinha apenas 16 anos, retomou sua carreira após a morte de Fred Mercury no final de 91 como uma forma de atenuar seu sofrimento. O interessante é que a guitarra foi feita de madeira de uma lareira do Sec. XVIII e dizem que por isso tem um som tão peculiar onde em algumas introduções e riffs que parecem ser de sintetizador, é na realidade a guitarra de May.
Algumas curiosidades sobre o mestre: ele se tornou um PhD em Astrofísica em 2007, recebeu o título de Comandante da Ordem do Império Britânico por sua colaboração a música universal, está em 39o no ranking da conceituada revista Rolling Stone entre os 100 Melhores Guitarristas de Todos os Tempos, além do solo de "Bohemian Rapsody" estar entre os 100 Melhores Solos de Todos os Tempos pela mesma revista. Ufa!! Além disso, para nossa satisfação e grande moral, Brian May colaborou no solo da música "El Vampiro Bajo El Sol" do disco Severino (1994) dos Paralamas, além de ter ninguém menos que Clapton, Hendrix e Jeff Beck com suas influências principais, segundo ele mesmo diz. Precisa de mais? Nem precisa dizer que Brian May tem seu nome gravado na história contemporânea da música. Hoje é admirado pelos maiores nomes da guitarra pela disciplina e técnica, além de ter uma puta presença de palco!
O finado Cozy Powell é um nome importante que talvez você não ligue o nome a pessoa, mas vou dar umas informações relevantes sobre o poder do rapazinho: o apelido Cozy (nome verdadeiro: Colin Flooks) deriva do baterista de jazz Cozy Cole, pois aos 15 anos, em sua banda de escola, Powell já fazia solos na bateria de deixar a galera louca! Tocou com Jeff Beck em 1970. Gravou obras-de-arte com Ritchie Blackmore no Rainbow: Rising, Long Live Rock n' Roll, On Stage, Live in Germany e Down to Earth...só! Depois de 1979 saiu do Rainbow por achar que eles estavam fazendo um som muito comercial, mas gravou o Finyl Vinyl em 1986 pra matar a saudade! Em 1980, depois da morte de John Bohnam do Led, seu nome era o mais cogitado para substitui-lo mas Page e Plant resolveram acabar com a banda definitivamente antes que qualquer coisa fosse gravada.
Gravou o Headless Cross do Sabbath (1989), que não é dos meus favoritos, mas tem uma batera potente, assim como Tyr (1990), Forbidden (1995) e The Sabbath Stones de 1996. Fez também o excelente progressivo de 1986 "Emerson, Lake & Powell"! O cara é bruto e certeiro!!
Gravou um total de 66 álbuns com músicos de primeira linha e muitos outros desconhecidos.
Infelizmente, morreu de acidente de carro em 1998, deixando um legado de influências para muitos bateras altamente conceituados. Nunca dirijam o carro bêbado, falando no celular com a namorada e com uma puta nevasca caindo!
Acha que é pouca informação pra decidir se vale a pena baixar? O som é uma paulada com vocal que algumas vezes parece com o de Fred Mercury, com músicas pesadas e riffs marcantes, mas também musicas mais calmas e mais melódicas.
Vai ai Carneiro!
LLRR
 

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