segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Angelica - 1997


  
Começa assim: "Vou de Taxi, Cê Sabe, Tava Morrendo de Saudade...". Piadas sem graça a parte, este álbum, ao contrário do que vocês esão pensando, é uma obra-prima do Steve Vai. Com convidados de calibre como guitarristas Eric Johnson e Dweezil Zappa (filho de FZ!),  baixista Nathan East, pianista David Foster, coro de The Choir Boys of Harlem e maravilhosas sopranos Julia Bonilla, Anita DeSimone, Sewel Griffith e Rebecca Semrau. Com este line-up da pra imaginar o que se espera deste álbum único já que Vai  é um dos maiores guitar heroes de todos os tempos. Ele começou a aprender realmente a tocar guitarra aos 12 anos com um professorzinho fraquinho chamado Joe Satriani, conhece? Depois de um tempo, ficou fascinado pela música de Zappa e ligou pra ele algumas vezes, mas sem sucesso. Quando finalmente ele conseguiu falar, FZ perguntou o que ele queria, pois já estava ligando demais, Vai disse que não existia no mundo alguém capaz de transcrever suas músicas em partituras com tanta perfeição e fidelidade como ele. Zappa ficou intrigado e apesar de achar o "moleque" nada humilde, decidiu dar uma chance a ele. Dai por diante a natureza fez seu trabalho direitinho e SV começou a transcrever alguns solos impossíveis de FZ e os mandou para ele por correio. Lógio que Zappa pirou (imaginem!)!! Pra quem não sabe, Vai foi "lançado" por Fank Zappa e na informação da banda nos discos Zappa dizia "Nas guitarras impossíveis, Steve Vai". Em shows aos vivo, Vai competia com a platéia que levava partituras bizarras nos show de FZ para que Vai  tocasse na primeira leitura. Zappa adorava o timbre de SV e SV idolatrava Zappa! Só por isso, já faz com que eu adore ele(s), além do cara ser muito completo como guiarrista! Ele merece  a fama que tem! Só por curiosidade para quem lê nossas intermináveis resenhas (leia Uli Jon Roth para entender!), SV é hoje responsável por reintroduzir a guitarra de 7 cordas no rock. Esta "moda" começou nas décadas de 30/40 por uma jazzista chamado George Van Epps.
Bom, de volta ao álbum em questão (e da minha viagem musical!), é uma intrigante mistura de rock com ópera. Essencialmente é um álbum de ópera com espirito de rock: grandes vocais, grandes acordes, grande dinâmica e pura intensidade! O escritor e compositor Clif Magness refez arranjos para  Carmen de Verdi, Flauta Mágica de Mozart, Madame Butterfly e Gianni Chicci de Puccini e Jesu, Joy of Man's Desiring de Bach além de várias seleções de Schubert, Charles Gounod e Césa Franck. Todas as faixas com novos arranjos, mas com o "feeling" original. Não consigo estabelecer uma linha entre o clássico e progressivo neste álbum, mas é muito bem feito e tem uma sonoridade pra qualquer hora! Confiram este álbum que é muito difícil de encontrar em lojas!
LLRR

  

Um comentário:

  1. Muito obrigada, estava até desistindo de achar este CD na net, excelente upload! ^^

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